G. D. VALINHA ( 2 ) x F. C. Tagilde ( 1 )

A objetividade fez toda a diferença num jogo espetacular

( Crónica retirada do blog www.salgueiraldesportivo.blogspot.com ) 

VALINHA – TAGILDE 2-1

1ªDivisão-11ª Jornada

Campo: Valinha

Árbitro: Manuel Teles    

Árbitros Assistentes: Paulo Monteiro e Abel Gomes

         

 VALINHA: Nuno; Vítor Hugo, Freitas, Hélder e Maurício; Rui Monteiro, Machado (Cadete 76) e Rui Cunha; Edinho (Zé Manel) , Hugo Sousa (Ruka 60) e João (Eliseu 89).           

Treinador: Manuel Mendes

   

TAGILDE: Nuno; Carlos (Barrofia 76), Marco (Filipe 80), Paulo e Nelson; Trancoso, Rui (Ricardo Pereira 83) e Tiago (Sá 66); Ricardo, Cristiano e Pisco.

Treinador: Marco Ferreira

Ao intervalo: 1-0

Golos: 1-0 por Edinho (33), 1-1 Pisco (56), 2-1 Rui Monteiro (63)

Disciplina:   Amarelo: Rui Monteiro

Um grande espetáculo de futebol, entre duas das melhores equipas do campeonato, que se dispuseram a jogar o jogo pelo jogo, disciplinadas (só houve um cartão amarelo), em que o equilíbrio foi a nota dominante e, só na ato de atirar ao golo, residiu a diferença.     

Esta temporada a formação vizelense, campeã em título, não apresenta o fulgor da época passada, que lhe permitiu passear, o seu bom futebol, pelos diversos campos do concelho e não só. Mas neste jogo mostrou que não perdeu qualidades, mas apenas falta de confiança nas suas potencialidades, talvez pelos resultados menos conseguidos, que se reflete nos momentos em que se torna necessário pensar rápido. Vencer este encontro era um estímulo para dar o pontapé na crise, igualava o seu adversário e ficava mais perto dos da frente, Montesinhos e Pinheiro, que empataram entre si.

Em contraponto, a equipa vimaranense revelou-se muito segura, moralizada, jogando um futebol pensado e, sempre que os visitantes se abeiravam da sua baliza, mostraram a serenidade suficiente para sair airosamente da situação. Inauguraram o marcador ao minuto 33, numa jogada simples, centro da direita para Edinho que iludiu, de forma subtil, o seu marcador direto e, na cara do Nuno, não perdoou. 

O que não tinha acontecido com Cristiano, três minutos antes, que só com o guarda-redes pela frente atirou por cima. Também é verdade que o mesmo Edinho, logo a seguir, teve tudo para fazer o 2-0, o que vale por dizer que o resultado ao intervalo era, de todo, justo. 

Na segunda parte os homens da terra de S. Gonçalo de Amarante, entraram melhor e, logo no início, o Trancoso podia chegar ao empate mas, já dentro área da baliza, atirou para as mãos do guardião caseiro. O Tagilde estava por cima, mandava no jogo e ao minuto 56’, o pisco aproveitou uma desatenção dos centrais da casa para igualar o marcador. 

Com as duas equipas empatadas, o jogo ficou mais vivo, mais aberto, ambas queriam vencer, nenhuma se sentia satisfeita com a divisão de pontos e foram à procura do golo que garantia os três pontos. A equipa da casa consegui-o, ao minuto 63’ por Rui Monteiro, mas o guarda-redes visitante ficou muito mal na fotografia, ao largar a bola depois de a ter em seu poder. Uma infantilidade que deixou o conjunto de Marco Ferreira à beira de um ataque de nervos e que lhe custou uma derrota, que se calhar não merecia.

 A Valinha teve mais bola, foi mais rematadora, mas em termos de oportunidades as duas equipas equivaleram-se, a diferença esteve mesmo no aproveitar os erros alheios. As equipas estão de parabéns, incluindo a de arbitragem, que só teve necessidade de mostrar um cartão amarelo, não por falta, mas por demora na reposição da bola em jogo. Um exemplo a seguir...equipas e árbitros.

         

Manuel Mendes -treinador da Valinha

“Foi uma vitória difícil, nada que não estivéssemos á espera, porque o Tagilde tem uma excelente equipa, foi campeão a época passada e não desaprendeu. Apenas lhe está a correr menos bem esta época, mas se levasse daqui a vitória, igualava-nos na classificação, razão porque este jogo era importante para as duas equipas. Penso que vencemos com toda a justiça, no cômputo geral fomos a melhor equipa, dominamos toda a primeira parte, período em que o nosso guarda-redes poucas vezes teve que intervir. Marcamos logo após o intervalo e logo a seguir podiam chegar ao 2-0, falhamos e eles fizeram o golo do empate. Depois a minha equipa claudicou um pouco, mas lá se recompôs e chegou à vitória que era o nosso objetivo primeiro. Parabéns ao Tagilde que fez um grande jogo e nos obrigou a dar tudo para conquistarmos os três pontos.”      

Marco Ferreira-treinador do Tagilde

È obvio que quando nos deslocamos para qualquer jogo, levamos a ambição de o vencer e conquistar os três pontos. Este não nos correu de feição, com faltas aqui faltinhas ali, sempre para o mesmo lado e, tirando isso, perdemos mais uma vez com um erro individual, já não é o primeiro, é um avolumar dessas mesmas situações que sinto alguma dificuldade para contornar. Noto alguma desorientação por parte da equipa, peço-lhes calma, serenidade, mas não consigo e, mais uma fez, fomos vítimas dum erro individual ou coletivo que é a mesma coisa. Saíram alguns jogadores, mas não é por isso que temos menos vitórias, se calhar, como fomos campeões, somos um alvo a abater, como ainda hoje ficou claro. Temos feito boas exibições, ainda hoje fizemos um excelente jogo, criamos situações mas não as concretizamos, mas também nos tem faltado uma pontinha da sorte.”